Seu filho, Antonio Pires de Campos, em 1718, acampou no mesmo local, que rebatizou como São Gonçalo Velho, e guerreando com os índios coxiponés, aprisionou dezenas para vendê-los em São Paulo.
No fim desse mesmo ano Paschoal Moreira Cabral chega de novo a São Gonçalo para aprisionar índios, mas os seus bandeirantes terminam por encontrar ouro. Em 1719, em São Gonçalo Velho, a 8 de abril, Moreira Cabral lavra a ata de fundação de Cuiabá. Dois anos depois o arraial foi mudado para o Rio Coxipó acima, no local denominado Forquilha, e em outubro de 1722, com a descoberta das Lavras do Sutil, no córrego da Prainha, todo o arraial da Forquilha foi para ali transferido. Hoje, as Lavras do Sutil, se situam sob a Igreja do Rosário, em pleno centro da capital.
A 1º de janeiro de 1727, Cuiabá recebe foro de vila por determinação do Capital General de São Paulo, passando a se chamar Villa Real do Senhor Bom Jesus do Cuyabá. Em 17 de setembro de 1818, por Carta Régia de D. João VI, a vila do Cuiabá é elevada à categoria de cidade.
Muitas hipóteses já foram dadas, no correr dos tempos, sobre o significado do nome Cuiabá. Fazedor de cuia - gente caída - cuia que vai - índios Cuiabases - homem que faz farinha - índio do Pantanal - Pantanal mato-grossense - madeira líquida - lugar de pesca com arpão - cuia rodando - gente forte - índio das águas - nação das cuias - mulher corajosa.
Mas essas explicações vão muito mais pela lenda e tradição do que pela referência a registro histórico confiável.
Recentemente, apareceu uma nova teoria, bastante sólida e documentalmente bem instruída, baseada em uma carta do padre Jesuíta Agostinho Castañares a D. Rafael de la Moneda, Adelantado da Província do Paraguay, escrita em Assunção em 16 de setembro de 1741.
A esse padre fora dada a incumbência de efetuar certas diligências, pelo governador paraguaio, com a finalidade de constatar se as minas de Cuiabá e de Mato Grosso estavam ou não em território castelhano.
O padre Agostinho Castañares, em dado momento de sua informação, textualmente diz:
[...] Está fundada dicha ciudad, segun tengo entendido, al princípio del lago de los Jarayés, yendo de aqui de esta banda del rio en tierra confinante con la de la Assunción, sobre el Arroyo Cuyaverá, que segun el mapa entra del este en el rio Paraguay, y del arroyo tomaria la ciudad la denominación de Cuyabá.
Características gerais
A sua população, de acordo com dados preliminares do mês de agosto de 2000 do Censo do IBGE, era de cerca de 482.000 habitantes.
O clima de Cuiabá é caracteristicamente tropical úmido, mas apresenta quedas de temperatura no período entre maio e julho.
As mais altas temperaturas ocorrem entre os meses de agosto e outubro, sendo que neste último tem início o período chuvoso, que se prolonga até março. As festas tradicionais de Cuiabá são: Senhor Bom Jesus de Cuiabá, padroeiro da cidade, no dia primeiro de janeiro, Senhor Divino, na segunda quinzena de maio, Santo Antônio, São João e São Pedro, no mês de junho, São Benedito, no primeiro domingo de julho.
Os pratos típicos dão destaque aos peixes da região, notadamente o pacu, o pintado, a piraputanga, o bagre e outros mais, que podem ser oferecidos tanto frito como ensopado. A carne de gado também é fartamente usada, como churrasco ou em forma de carne seca com arroz, que é o tradicional prato conhecido como “Maria Izabel”. A banana da terra se notabilizou como farofa, mas a banana tem o seu lugar na preferência regional.
Também são tradicionais bolos de queijo, de arroz, de mandioca e o francisquito. Os doces cuiabanos são famosos, com destaque para o furrundu, feito com mamão, rapadura e coco, e o caju em calda e o caju cristalizado. Entre as bebidas típicas, são apreciados os licores de piquí, de leite, de figo, de lima e de banana, não podendo ser esquecido o salutar guaraná ralado e suas diversas qualidades medicinais.
Folclore DANÇAS TÍPICAS
Principais Danças, Ritmos e Folguedos
A musicalidade mato-grossense utiliza-se de instrumentos artesanais típicos da Região, como viola de cocho, mocho e ganzá. No século 19, após a Guerra da Tríplice Aliança, com a chegada de imigrantes da Região platina, foram introduzidos instrumentos como violão, piano, violino e flauta, até Então restritos à elite local. Da união dos imigrantes com os ribeirinhos surge o rasqueado, um ritmo genuinamente mato-grossense, também conhecido como "limpa banco".
Um dos folguedos mais populares e antigos do Estado, o siriri é dançado por homens, mulheres e crianças. Possui uma coreografia em roda ou fileiras formada por pares que se movimentam ao som da viola de cocho, mocho e ganzá.
CURURU:
A assim como o siriri, o cururu é uma das mais fortes expressões culturais da nossa Gente. Executado especialmente por homens, que dançam e cantam em louvor aos santos de Devoção, citando passagens da Bíblia, saudando pessoas da comunidade ou fazendo referência aos acontecimentos políticos.
Principais pontos turísticos
Foto: Tirada do mirante do Parque Mãe Bonifácia, ao fundo paredões da Chapada dos Guimarães.
PALÁCIO DA INSTRUÇÃO
MUSEU DO RIO
SESC ARSENAL
CASA CUIABANA
MUSEU DO ÍNDIO (RONDON)
PARQUE MÃE BONIFÁCIA
Ansi: Assim.
Apurado: Nervoso, preocupado.
Arrodiar: Rodear.
Aúfa: muito e/ou bastante. Já trabalhei aúfa!
Chinchar: Puxar. Sossega, criança, larga de chinchar meu cabelo.
Chuçar: Furar, espetar.
Cordeiro: Pessoa que gosta de contar vantagem, ser metida. "Só porque ganhou uma bicicleta vai ficar todo cordeiro."
De um tudo: De tudo. Já fiz de um tudo, chia lá.
Demais de: Acompanhado de substantivo e/ou adjetivo, forma ou aumentativo e/ou superlativo respectivamente.
Demais de povo: Muita gente.
Demais de quente: Quentíssimo.
Dona menina: Expressão de tratamento usada para referir-se à pessoa com quem se fala, sem dizer o nome próprio.
Duro: forte. O adjetivo forte é usado como advérbio. Desceu o rio, piloteando duro. Bate duro, se não a porta abre?
É ah!: Expressão indicativa de espanto, admiração.
É bem aí assim: É logo ali; é perto.
Esse um: Esse.
Fofar: Fartar-se, encher. Usado na expressão Até fofar. Equivalente a demasiado Comeu até fofar. Guri: Menino.
Guria: Menina.
Gurizada: Meninada.
Incutido: Empenhado, disposto, "coisa que não sai da cabeça".
Influído: Concorrido. Teve festa demais de influído.
Sem graceira: chateação, falta de sossego, inquietação - "Larga de sem graceira criança!"
Variado: Nervoso, agitado, louco.
Vixe!: Puxa! Expressão indicativa de espanto.
Vôte!: Expressão indicativa de espanto, repulsa. (Nota: a entonação da voz é que determina o significado).
Fonte: Agenda Centro Oeste
2 comentários:
Hum... Qta honra estar aqui!!!
Nanoel C.Bicudo e Bartolomeu Bueno não estava atras da Minas dos Martirios.Era, aquela expedição, uma bandeira de reconhecimento territorial e para prear indios.
A descoberta de Martirios deu-se por acaso.A mina, dita pelos desbravadores como fabulosa em quantidade de ouro, não foi mais localizada. Seviu ,no entanto, como o principal motivo para ocupçaõ da região Centro Oeste.Todas as bandeiras e expedições que sucederam a essa primeira Bandeira, tinham por motivação a descoberta de Martirios.Ate a encetada por Fawcett em 1925
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